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Previdência pública sob mais um ataque

A Previdência Social está novamente sob ataque. Nesta quarta-feira (4/1), os maiores jornais de circulação nacional dedicam páginas a culpar a concessão de benefícios e a redução das filas no INSS pelo aumento das contas públicas.

A Folha de S. Paulo impressa traz em manchete que as ações do governo Lula levam pressão às contas públicas e responsabiliza principalmente o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Ao jornal o presidente da Previdência Social, Alessandro Stefanutto, afirma que pretende cumprir a “economia” inserida no Orçamento da União, combatendo fraudes. Nenhuma defesa da previdência pública.

O Estado de S. Paulo culpa os jovens pela queda na arrecadação ao INSS. O jornal destaca que o “problema” da alta taxa de jovens nem-nem aliado ao fim do bônus demográfico, agrava o desequilibrado e o “déficit” chega a R$ 400 bilhões para este ano.

O estudo sobre quanto os “nem nem” poderiam gerar de contribuição é da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

O “equilíbrio” das contas, afirma a reportagem, demandaria ao menos sete trabalhadores formais ativos para cada beneficiário.

Em um determinado trecho da matéria, Adriane Bramante, presidente do Instituto de Direito Previdenciário (IBDP), afirma: “O público jovem que não quer investir em previdência pode abrir um MEI e pagar 5% do salário mínimo. Há uma gama de possibilidades de proteção previdenciária.

Nota na coluna Brasília-DF do Correio Braziliense destaca que o presidente Lula prometeu acabar com a Reforma da Previdência durante a campanha eleitoral, que o ministro Carlos Luppi bem que tentou e que agora o Congresso quer ampliar as maldades.

O mesmo jornal defende em matéria de página inteira no Caderno de Economia a previdência privada. Na edição de ontem, uma página também foi dedicada a elogiar a previdência privada.

Na reportagem de hoje, o Correio noticia que “apenas 2% dos brasileiros” investem” em um plano de previdência privada.

A exceção nos impressos de hoje fica para o Valor Econômico. Em entrevista, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, defende mudanças nas regras do benefício de pensão por morte, pago a dependentes de aposentados.

O valor do benefício foi “limitado” com a Reforma da Previdência, aponta o texto. Na entrevista, Luppi considera que a reforma da Previdência tem muitas injustiças, principalmente com as mulheres.

Ao UOL, nesta quarta-feira, Carlos Lupi, disse que a fila de espera do INSS “nunca vai acabar”, mas ressaltou que pretende reduzir a espera para 30 dias. A matéria não cita que os benefícios são um direito dos trabalhadores e nem dos idosos em situação de vulnerabilidade.

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