Morreu na última segunda feira (01/04) aos 82 anos o jornalista José Felipe São Mamede Amado, mais conhecido como Jô Amado.
“Ele tinha sido internado há duas semanas, depois de ter sofrido o que deve ter sido mais um AVC. Teve alta na quinta passada (28), mas já saiu do hospital sem conseguir andar.” informou seu filho Theo.
Seu corpo será cremado nesta sexta 05/04, no crematório da Vila Alpina, São Paulo. Haverá uma rápida cerimônia, agendada para 14h.
Jô Amado foi fundador do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo e também fundador e editor do jornal Posição, no Estado do Espírito Santo, que questionava a ditadura militar. Durante o período, chegou a ser preso e torturado, tendo tido inclusive teve dentes arrancados.
Ainda sobre o jornal Posição, Luiz Fernando da Silva Brumana descreve em sua monografia:
“Expoente da luta contra a repressão e a censura em território capixaba, a publicação de 12 páginas foi fruto do trabalho de homens e mulheres insatisfeitos com as decisões as quais o Espírito Santo e o Brasil estavam sendo submetidos. Pessoas que haviam sido de alguma forma prejudicadas pelo sistema de exceção, que foi imposto ao País na virada do dia 31 de março e 01 de abril de 1964, e que buscavam uma forma de fugir às amarras que se estendiam já havia 12 anos. Assim, foi publicada a primeira edição do Posição em 29 de outubro de 1976, depois de dois anos de planejamento, e tendo que ultrapassar barreiras logísticas, como a impressão e a montagem em outro estado. O que para muitos não duraria três edições chegou a mais de sessenta, durou quatro anos, motivou pessoas, cobriu fatos, expôs mazelas e entrou para a história do jornalismo regional como um importante jornal alternativo.”
Trabalhou como assessor de imprensa, colunista entre outros do Observatório da Imprensa.
Artigos de Jô Amado no Observatório da Imprensa: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/autor/jo-amado/
Para saber mais sobre o jornal Posição acesse a monografia de Luiz Fernando da Silva Brumana:
