Uma marca forte é indispensável para qualquer empresa ou instituição se comunicar com seu público-alvo de forma rápida e sintética. Atrás de um símbolo sempre existe uma história. A estrela vermelha do Partido dos Trabalhadores sintetiza uma história de sucesso, que só foi possível por conta de muito trabalho, sacrifícios, desafios, incertezas, alegrias e tristezas de milhões de brasileiras e brasileiros.
Nossa marca hoje é conhecida por todo o país. São poucos os partidos políticos no mundo que conseguiram essa façanha. Nosso partido nasceu no bojo das lutas do movimento sindical em plena ditadura, em 10 de fevereiro de 1980. Sofreu todos os ataques e boicotes possíveis, desde o governo militar até o governo de extrema direita que acabamos de derrotar.
Muitos companheiros e companheiras foram presos e torturados, outros sofreram todos os tipos de perseguições. Nesse momento em que comemoramos nosso aniversário e o início de um novo ciclo de lutas e de esperanças temos que reverencias a todos eles. Mas temos que lembrar especialmente dos companheiros e companheiras que não podem estar conosco nesse momento histórico.
Tenho 81 anos e fui dos fundadores do PT em Campinas, milito no partido há 42 anos. Quero aproveitar esse espaço para prestar minha homenagem a todos os que não estão mais conosco. Em especial a três, com histórias bem diferentes entre eles, que foram assassinados e com os quais tive a satisfação de conhecer e compartilhar lutas. Nenhum dos três teve a felicidade de viver durante um dos cinco governos petistas.
Quero lembrar de Antônio Costa Santos, o Toninho, vice-prefeito de Campinas de 1989 a 1992. Eu era então Administrador Regional na prefeitura. Para um trabalhador metalúrgico como eu, morador de um bairro popular, foi uma enorme surpresa e satisfação ver um jovem professor e arquiteto, membro de uma das mais tradicionais e ricas famílias da cidade, abraçar as causas dos excluídos. Toninho tinha sido um dos principais líderes da Assembleia do Povo, um movimento popular com muita força nas periferias da cidade, principalmente nas favelas. Ele foi assassinado em 2001. Era então prefeito de Campinas. As causas da sua morte até hoje não estão esclarecidas.
Quero lembrar também de Chico Mendes. Conversei muito com ele em 1980. Ouvi todos os seus relatos sobre as lutas dos seringueiros e dos povos das florestas no Acre. Recebi dele lições de coragem, humildade e altruísmo. Em plena ditadura, Chico confrontava os militares e os fazendeiros. No dia 22 de dezembro de 1988 ele foi assassinado a mando de um grileiro. Hoje, 34 anos depois, é impossível não se lembrar dele quando vemos a mesma situação trágica persistir no país naquela região.
Por fim, quero prestar minha homenagem ao companheiro Celso Daniel. Conheci Celso nas reuniões, encontros e congressos do PT. Tenho em meus arquivos pessoais vários textos dele, sempre defendendo a conscientização dos trabalhadores, o fortalecimento do PT e apresentando muitas propostas para as administrações petistas.
Dia 10 de fevereiro quero prestar minha homenagem àqueles que acreditaram num partido que mudasse a realidade do nosso povo.
Luto pelo governo Lula e por um Partido forte e atuante. Em memória de Toninho, Chico e Celso.
Uma resposta
Ótimo manifesto. Passamos por poucas e boas , não é, Sr.Joao? E como somos fortes e sabemos o que queremos, continuaremos lutando para ter um país mais justo . Que nossa gente não sofra a angústia da fome nem a tristeza de ver um senário aterrorizador como vimos agora dos nossos irmãos yanomamis. Temos muito o que fazer e sempre cobrar dos nossos representantes no Congresso postura e luta.