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Nota da Fepal sobre Hassan Nasrallah

Hassan Nasrallah, mártir do povo libanês e da luta anti-imperialista

Hassan Nasrallah VIVE; só os covardes morrem!

Sob a liderança do mártir Nasrallah, “israel” enfrentou forte e determinada resistência do povo libanês, até que não pode mais sustentar a ocupação do Líbano e se retirou, em 2000, às pressas e desorganizadamente. Os fascistas de todos os matizes em “israel” ainda não se recuperaram desta humilhação, como todas as metrópoles coloniais ainda se ressentem de suas derrotas, da Argélia à África do Sul, do Vietnã à Índia, da China à ressurgente Rússia, que se somam ao Brasil na construção de um novo mundo, multilateral e alinhado ao Direito Internacional e, não por acaso, todos denunciantes do genocídio em curso na Palestina, bem como do plano de extermínio no Líbano.

O assassinato de Hassan Nasrallah, secretário-geral do movimento e partido político libanês Hezbollah, festejado por seus autores, EUA e “israel”, os maiores genocidas de todos os tempos, bem como pelos tributários do sionismo, não interrompe o declínio das forças coloniais e imperialistas que ocupam o Oriente Médio, mais emblematicamente a Palestina, primeiro espaço geográfico em que implementam seu plano para o mundo, que é supremacista e de apartheid, colonial e genocidário, de destruição e usurpação de território e riquezas. Ao contrário, seu assassinato é a tentativa desesperada destas forças, com aliados regionais igualmente desesperados frente ao declínio do sistema que os criou e sustenta, de deter a roda da história, que já aponta para o fim do projeto sionista na Palestina e na região.

“israel” sofre nova derrota em 2006, tão humilhante quanto sua retirada atabalhoada em 2000, e lá estava a liderança de Nasrallah na orquestra deste feito heroico do povo libanês, de todas as suas forças reunidas contra o agressor sionista.

Nasrallah, junto com outros atores regionais anti-imperialistas, tomou parte da derrota dos sionistas e seus sócios na Síria, uma espécie de etapa finalizadora da destruição de toda a região e sua reconfiguração para dar lugar ao “grande ‘israel’”, sonho ainda presente nas doentias e degeneradas mentes sionistas, que abocanharia do Egito ao Iraque, passando pela Arábia Saudita e Palestina, Líbano e Jordânia, além de territórios de Kuwait e Turquia.

E nos últimos anos, o mais importante: “israel” e seu dono, os EUA, perderam o monopólio da dissuasão pelo terror, que impunham aos povos da região, sempre com a certeza da incolumidade que dava aos estrangeiros ocupantes da Palestina a ideia de que somente eles destruiriam e exterminariam, sem jamais serem atingidos. Esta equação mudou e estes colonos não têm mais a certeza de que atingirão seus objetivos, nem que não serão atingidos em retaliação e autodefesa, que não os mira como população, mas ao seu regime colonial e suas infraestruturas genocidárias, de seus quartéis a suas indústrias bélicas, de seus depósitos de armas e munições aos centros de inteligência e vigilância. Novas humilhações, portanto.

Cumpre sempre recorrer à história e recordar que todos os impérios coloniais se tornaram mais genocidários em seus ocasos. Foi assim com a Alemanha Nazista, com a França na Argélia, a Inglaterra na Índia, a Bélgica no Congo, com o regime supremacista branco na África do Sul, o Japão imperial na China e na Coreia. Nenhum destes impérios manteve seu domínio colonial, malgrado as tentativas de manterem-nos por meio de genocídios.

Não será diferente com o mais maligno de todos os projetos coloniais, o sionista, único da história baseado no extermínio integral das populações originárias que estiverem sob seu domínio, projeto em curso na Palestina há 77 anos e que segue derrotado, posto que, mesmo após a maior limpeza étnica da história, por meio da qual nasceu “israel”, novamente há maioria de população palestina em relação à estrangeira colonial em solo palestino.

Nestes 107 anos de presença colonial na Palestina, contando do momento em que os britânicos fincam suas tropas coloniais na Palestina, em 1917, para implantar a colônia sionista, centenas de líderes palestinos foram eliminados, do irredutível Yasser Arafat a Ahmad Yassin, mais recentemente Ismail Haniyeh, bem como centenas de milhares já passaram por suas masmorras, com mais de 10 mil atualmente nestas máquinas de tortura e morte, dentre eles Marwan Barghouti, considerado o Mandela Palestino.

Com tudo isso e “israel” não conseguiu conquistar a Palestina ou a região, que acreditava o faria ainda em 1947/48. Senta no banco dos réus pelo crime de genocídio. Seus dirigentes já não podem sair de “israel”, senão para países sócios no genocídio na Palestina, por medo de prisão. A opinião pública mundial deplora o sionismo e seu gestor estatal, “israel”. Mesmo nos EUA, Inglaterra e França, a opinião pública é favorável à Palestina, chegando a opinar que “israel” sequer deveria existir (mais da metade dos ingleses com até 24 anos pensam assim).

Portanto, os que lutaram nestes quase 110 anos na Palestina e região, venceram. Assim é para Nasrallah, Arafat, Gamal Nasser (Egito), Patrice Lumumba (Congo), Steve Biko (África do Sul) e tantos outros heróis que lutaram por seus povos e foram assassinados pelo imperialismo, com sua faceta sionista implicada em todos eles. A história é inexorável e a derrota do colonialismo seguirá no horizonte da civilização humana. “Israel” e o sionismo contam seu tempo de existência chafurdando no sangue dos inocentes, apenas isso.

Por fim, Nasrallah segue vivo, porque os corajosos não morrem. Segue vivo por seus exemplo e legado. Somente os covardes morrem, não porque a morte lhes chegue, mas porque nunca viveram. Um covarde não passa de um morto em movimento. Estes são tanto os genocidas que exterminam agora em Gaza e no Líbano, quanto os que preferiram o silêncio frente ao maior extermínio de crianças e mulheres da história. Suas mãos têm o sangue das crianças palestinas e libanesas e de seus heróis martirizados. Sabemos disso e não esqueceremos!

Palestina Livre a partir do Brasil, 28 de setembro de 2024, 77º ano da Nakba.

NOTA FEPAL ASSASSINATO HASSAN NASRALLAH

Fonte: https://fepal.com.br/nota-publica-hassan-nasrallah-vive-so-os-covardes-morrem/

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