“A maldade, a mentira, o colonialismo, o genocídio, a tortura, a opressão não conseguem matar a esperança. Marco Temporal e Integração Nacional nunca! Com lei escrita, sem lei, apesar da lei ou contra a lei, os povos indígenas tem o direito à ‘terra apta e suficiente para um crescimento demográfico adequado à sua realidade ecológica, cultural e socioeconômica’. Resistir sempre!”.
Egydio Schwade é indigenista, teólogo e militante. Com 89 anos de idade e 61 de indigenismo, dedicou sua vida à defesa dos direitos indígenas. Enfrentou a repressão da ditadura empresarial-militar e do programa instalado pela Eletronorte no território Waimiri-Atroari. Egydio participou da criação das primeiras instituições indigenistas do Brasil, como a OPAN – Operação Amazônia Nativa em 1969; do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1971. Também participou em 1975 da criação da Comissão Pastoral da Terra, que monitora todos os anos a violência no campo.
Como fala no vídeo, quando começou sua militância diziam que a defesa dos povos indígenas era uma causa perdida e que iriam desaparecer. A luta garantiu que os 100 mil naquela época sejam hoje 2 milhões. Por isso diz: da causa perdida à festa do futuro.
Egydio deu suporte significativo à pesquisa sobre a cumplicidade da empresa Paranapanema com a ditadura-militar e demonstrou seu apoio ao Fórum por Verdade, Justiça e Reparação.
O vídeo foi gravado dia 7 de julho, data do aniversário de Egydio, por Gilberto Marques (UFPA). Gilberto é coordenador da pesquisa sobre a Paranapanema dentro do projeto “A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a ditadura” do CAAF-Unifesp.
Leia Alguns momentos decisivos na caminhada de minha vida, artigo de Egydio Schwade:
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/635655-alguns-momentos-decisivos-na-caminhada-de-minha-vida-artigo-de-egydio-schwade