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A questão palestina. Marcelo Buzetto

A questão palestina

Para quem aceita os princípios fundamentais do direito internacional humanitário só existe uma maneira de analisar o conflito Palestina-Israel com alguma objetividade e seriedade: é um conflito entre colonizadores e colonizados. De um lado, a população originária e nativa, conhecida como povo palestino. De outro, os colonizadores, estrangeiros que se deslocaram da Europa com apoio do Império Britânico e demais potências imperialistas para ocupar e conquistar através de uma guerra a pátria palestina. Os palestinos são um povo que até o final do século XIX e início do século XX era constituído por muçulmanos, cristãos, judeus etc. Ser palestino era pertencer a uma terra, a um povo, a um território, a uma nação. Ser palestino não era ser desta ou daquela religião.
Este livro procura ser uma contribuição teórica e política que visa demonstrar que as origens do conflito atual podem ser resumidas por quatro acontecimentos históricos: 1. o surgimento e desenvolvimento do movimento colonialista, o sionismo, com sua direção política hegemonicamente nacionalista, conservadora, antidemocrática e racista; 2. o colonialismo britânico na Palestina, entre 1918 e 1948, que reprimiu com violência todas as tentativas palestinas de independência, soberania e autodeterminação; 3. o Plano de Partilha da Palestina, aprovado ilegalmente, em 29 de novembro de 1947, pela Organização das Nações Unidas (ONU), que dividiu o território em “Estado judeu” e “estado árabe” ou “Estado Palestino”, sem a aprovação da maioria da população nativa e com os votos contrários e protestos de todos os países árabes, em especial os que faziam fronteira com a Palestina histórica: Líbano, Síria, Jordânia e Egito; e 4. a criação unilateral e com apoio de potências militares do chamado “Estado de Israel”, entre 14 e 15 de maio de 1948, um verdadeiro golpe de Estado organizado por uma coalizão de diferentes grupos sionistas que já desenvolviam ações armadas contra a população palestina desde o final dos anos 1930 e início dos anos 1940, tendo em suas mãos muitas armas, munições, equipamentos militares e uma razoável experiência de combate em campo. A divisão da Palestina e a criação do chamado “Estado de Israel” são, sem dúvida, os fatores determinantes que deram origem à chamada Guerra da Palestina.

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Uma resposta

  1. A Humanidade precisa tomar conhecimento de tudo o que se passou anteriormente para poder entender as causas desse confronto tão prolongado e tão violento.
    Está obra supre, em grande parte, essa necessidade.
    Parabéns

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